Uma das principais atividades econômicas do RN, a extração de sal vem, historicamente, avançando sobre áreas naturais, muitas vezes sem qualquer tipo de licença ou autorização. Ao ampliar seus tanques para aumentar a produção, as empresas salineiras fecham rios e gamboas; desmatam, “afogam” ou soterram manguezais e também lançam efluentes tóxicos. Além dos inevitáveis problemas ambientais, como mortandade de fauna (aves, peixes, crustáceos e moluscos), o aumento desordenado dos tanques ocasiona também conflitos sociais, pois impede a circulação de pescadores e marisqueiras que obtêm o seu sustento nas mesmas áreas.
Outra constatação da operação Ouro Branco foi que 100% das empresas visitadas apresentaram falhas documentais ou prestaram informações incorretas ao Cadastro Técnico Federal. Alguns empreendimentos sequer tinham qualquer tipo de licença ambiental. As demais deixaram de apresentar relatórios sobre a atividade, omitiram ou declararam informações falsas.
Atuaram na operação Ouro Branco 21 agentes federais do Ibama dos estados do Rio Grande do Norte, Ceará, Alagoas, Pernambuco e Espírito Santo e também da Diretoria de Proteção Ambiental do Ibama-sede, de Brasília.
Fonte: https://g1.globo.com/rn